Pedro
Coimbra
O
genial Albert Einstein dizia que o tempo é pura ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma
firme e persistente ilusão. Viver o presente, remédio certeiro de Padre Sérgio
para a depressão. Algum tempo após o início do Ano Novo esta definição do homem
que reinventou a Física me vem a cabeça. Ou seja, esta história da duração dos
anos em tantos dias e o início de outros é apenas uma grande balela inventada
pelos humanos. Como o artifício que os roteiristas de cinema e tevê utilizam para
marcar a passagem do tempo: dias depois. No fundo servem de argumentos para as
inúmeras promessas que fazemos e não cumprimos.
Com esta
chuvinha maneira bom seria ler as 2444 páginas que compõem os três
volumes que englobam os sete romances de "Em busca do tempo perdido",
do escritor francês Marcel Proust, que tem como tema principal a memória e o
tempo. Decido, porém, me dedicar a outros dois calhamaços: “O Mago”, de Fernando
Morais e “Steve Jobs”, de Walter Isaacson. Duas biografias: a primeira de Paulo
Colho, escritor brasileiro que vendeu milhões de exemplares de seus livros e a segunda
do gênio da informática, morto, dizem, por pura burrice.
Confesso
que não via a produção de Paulo Coelho com bons olhos, mas a idade nos faz
repensar diversos temas delicados. Nesta biografia anseio pela descrição de seu
relacionamento com Raul Seixas. Deste gênio da música tupiniquim contei para um
fã absoluto, que é o Ricado Silva, sobre um show do artista no Parque Lage, no
Rio de Janeiro. Convidaram a banda do meu irmão afetivo Francisco Junior para
realizar o “esquenta”. Tocaram todo o seu repertório, o possível e o impossível
e Raul Seixas não apareceu para sua apresentação. Finalmente, o público perdeu
a parciência e quebrou tudo.
Dois
outros livros que pretendo ler em 2012 são, “O X da questão”, de
Eike Batista, que me atrai pela maneira como enfrenta a vida profissional e
pessoal e “Crônicas de Um Sonho Interrompido”, do meu amigo Paulo Rodarte,
que depois de muitas tentativas encontrou finalmente uma editora.
Nas memórias
do tempo passado, computo as perdas muito sentidas do meu cunhado Nélson
Carvalho, companheiro de vários réveillons, que se foi de mansinho como era seu
jeito e a da Tia Ione, que gozava de nossa afeição e que partiu aos 92 anos de
idade.
Felizmente,
em família, com ajuda de Deus, vencemos muitas enfermidades graves.
Viajando passamos
o ano muito preocupados com o octogenário Tio Batista, em sérias dificuldades
de saúde. Logo ele que foi um lutador, de operário da ferrovia a ourives.
O Réveillon
de 2012 nos encontrou em São Paulo, uma grande metrópole que me assusta até
hoje. Sempre me recordo do choque cultural que deve ter sido a mudança do
interior de Minas Gerais para cá, dos meus tios Célio, Teda, Tonho, Norma e
João, nas décadas de 50 e 60.
Comemoramos
o Ano Novo mais precisamente no Hotel Macksoud Plaza, numa grande ceia e muita
música. Foi ali, a poucos passos de Henry, dono do hotel, ex-dono da revista
Visão, da Hidroservice e de vários outros empreendimentos que senti a materialidade
do tempo que passou, capaz de atingir tanto coisas, como pessoas.
Sem contar o
prazer de assistir junto com o Rodrigo, Mere e Julia, ao final da São Silvestre,
com os quenianos e o etíope Tariku Bekele vencedor passando a poucos metros de nós e Marilson em oitavo lugar. Tudo
debaixo de um temporal de verão...
No rol das
boas notícias do ano que finda e do que nasce, a vinda de Francisco, filho do
meu cunhado Reginaldo e de Ana Paula.
Outra
notícia alvissareira é que o portal Lavras
24 Horas está consolidado como órgão de informação com mais de um milhão de
acessos, fruto da parceria com Flávio Mazzochi, Francisco Buscarolli, Adriano Camilo,
Marco Aurélio Bissoli e Ricardo Silva. Além dos colunistas, os parceiros institucionais
e os anunciantes.
Espero que
se realize em 2012, a divulgação do livro “Ás margens do rio Grande”, um
relatório sobre o patrimônio histórico e natural do Aproveitamento do Funil que
foi coordenado por mim.
E entremeio
das eleições municipais que prometem muita confusão, como sempre, escreverei
tranqüilo meu romance “Meus amores, Mariana e Bruna” ou “Dançando no escuro”...,
que são títulos provisórios.
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