sábado, 31 de março de 2012

A terra de ninguém não existe mais


Pedro Coimbra
ppadua@navinet.com.br


O termo "terra de ninguém" é indicativo do território onde as leis não prevalecem, e que mocinhos e vilões, sem nenhuma ética ou moral, exercem um poder solitário.
Todos nós temos lembranças de centenas de faroestes em que o cowboy não cumpria preceitos do bem viver em sociedade.
Na verdade a civilização passou a existir a partir do momento em que os indivíduos passaram a ser julgados por seus atos. Antes disso matava-se um ou mais homens e simplesmente os jogava numa vala a beira do caminho. As vítimas nunca mais eram encontrados e os assassinos seguiam sua vida calmamente.
A sociedade moderna, baseada em preceitos helênicos e romanos universalizou o conceito de justiça e sua aplicação.
Quando dizemos que somos favoráveis a “liberdade de expressão” de toda a mídia, isto não significa um anarquismo total, mas que temos o direito de expor nossas ideias e nos responsabilizarmos por isso.
No início a Internet era simplesmente um sistema de comunicações que interligava bases americanas no mundo inteiro, a despeito da existência física do Pentágono ou não. Depois passou para as comunidades cientificas e dali para as universidades. Neste trajeto criou-se a imagem que a Internet poderia ser usada de qualquer forma, aparte do arcabouço jurídico e das leis que nos governam. Um mundo essencialmente marginal.
Mas vejamos alguns exemplos de que isso é uma grande falácia.
O jornalista Paulo Henrique Amorim fez colocações em seu blog sobre o apresentador Heraldo Pereira, que recorreu a Justiça, sendo que PHA deverá doar uma quantia a uma entidade filantrópica indicada por Heraldo, e aceitado uma conciliação entre PHA e Heraldo agora  em 15 de fevereiro de 2012. Nela Paulo Henrique Amorim reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é e nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de ‘racismo’. Tais declarações terão que ser publicadas em orgãos de imprensa de grande circulação. O jornalista Paulo Henrique Amorim é um renomado jornalista e como se vê foi flagrado em delito na própria “terra de ninguém”...
Nesta semana mesmo um blog cuja origem é o Sul do País foi denunciado pelo Ministério Público Federal que solicitou a detenção dos autores de seus conteúdos claramente defensores da homofobia e do preconceito racial.
O anonimato na Internet não existe e mais dia, menos dias, com menos ou maior empenho descobre-se os autores seja do que for por seus IP´s.
Constantemente redes de pedófilos, no Brasil e no Mundo, tem sido desbaratadas através da Internet.
No Orkut foram inúmeros os casos de ofensa moral punidos.
Quem é pré-candidato a qualquer cargo público deve prestar muito a atenção, pois as redes sociais só podem ser utilizadas a partir de 6 de julho  de 2012.
Ás redes sociais, como Orkut, Twitter, Facebook, não estão ainda suficientemente testadas em eleições no Brasil, o que é comprovado pela Abranet – Associação Brasileira de Internet.
O comportamento correto quando se perceber uma ofensa grave na rede de computadores é denunciá-lo ao Ministério Público, Polícia Federal ou delegacia especializada em crimes virtuais.
Enquanto isso revejo uma verdadeira “terra de ninguém”, num western spaghetti dirigido por Sergio Leone, ntitulado C'era una volta il West/Once Upon a Time in the West/;Era uma Vez no Oeste. Era uma vez no oeste conta a história da ex-prostituta Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro Frank (Henry Fonda), e um homem misterioso que sempre traz consigo uma gaita (Charles Bronson). Não vou contar todo o filme e registro que ele é um retrato da Moral e Ética só para americanos verem com ausência total de justiça formal...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Bom atendimento, bons negócios



Pedro Coimbra
ppadua@navinet.com.br

            Eu era garoto e morávamos em Governador Valadares. Adorava ir com meu pai ao armazém onde ele fazia as compras do mês. Depois de tudo embalado e pago o proprietário sempre nos brindava com um saco recheado de deliciosas balas.
            Nas férias, em Lavras, acontecia o mesmo no armazém do “Seu” Antônio Murad, onde véu avô materno me levava a passear aos domingos. De lá nunca saiamos sem um agrado do velho libanês e um saco de guloseimas. Dele contam que para atender ao pedido de um comandante da Polícia Militar teria construído um bairro e suas casas, a Vila Murad...
            Mas, havia também comerciantes difíceis de compreender, ruins no atendimento e consequentemente no comércio, este modo de vida originário da antiguidade.
            Minha atenção sobre este fato já vem de algum tempo e aumentou com esta verdadeira guerra de supermercados na cidade de Lavras, em que as empresas disputam pela preferência de um mesmo cliente, sua fidelização, e que para isso, a qualidade no atendimento se tornou fundamental.
Os clientes tornaram-se mais exigentes e conscientes não só de seus direitos, como também das vantagens que deverão receber para prestigiar uma empresa com sua preferência e que não são, evidentemente, sacos de guloseimas.
Algumas expectativas dos clientes são primordiais e se fazem presentes em qualquer segmento de mercado.

Vejamos algumas delas:
            Os clientes desejam que os profissionais que os atendam queiram ajudá-los a atingir seus objetivos, sempre, sendo colaborativos  e estando aptos a receber propostas de melhorias para sua atividade fim e seus processos.
            Os profissionais de vendas não devem colocar seus próprios interesses acima do dos clientes.
            Que haja um comprometimento com o cliente, ao longo do tempo, mesmo quando não haja uma perspectiva de venda ou negócios a vista.
            E o que é mais fundamental: os clientes querem ter disponibilidade de acesso sempre.
            Se você, caro leitor, achou o que leu até agora simples, saiba que a quase maioria das empresas não conseguem cumpri-las integralmente.
            Por que isso ocorre? Principalmente por não terem uma “cultura” que priorize tais ações e por falta de treinamento.

            Dizem por aí, que mercê do crescimento de Lavras e de seu posicionamento como cidade polo logo teremos uma Lojas Americanas por aqui. Ou seja, outro salto na relação com os clientes. É uma empresa brasileira do segmento de varejo fundada em 1929 na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, pelo Austríaco Max Landesmann e pelos norte-americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger. Atualmente, conta com mais de 465 estabelecimentos de vendas em 22 estados do Brasil e também no Distrito Federal. É controlada por três empresários: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, o mesmo trio que comanda a Inbev (antiga AmBev), GP Investimentos, América Latina Logística e outros grupos. É uma grande loja de departamento, cuja rede comercializa mais de 80 mil itens de quatro mil empresas diferentes. Através do programa de expansão “Sempre Mais Brasil”, que prevê a abertura de lojas em todos os estados brasileiros até 2013, a rede pretende se tornar a primeira empresa varejista com presença em todo o território nacional.

            Com ela deve crescer esta política de atendimento ao cliente e a meritocracia, que é o sistema onde o mérito pessoal determina a hierarquia.
            Estaremos preparados para tantas novidades?
            Espero que sim. E que os que chegam ou pretendem prosperar lembrem-se que a prata da terra da publicidade/mídia pode dar melhores resultados que as grandes agências das capitais...
            E tenho a lembrança que na década de 60 a Lojas Americanas de Belo Horizonte tinha um sorvete, a Banana Split, inesquecível...