Pedro Coimbra
ppadua@navinet.com.br
O termo
"terra de ninguém" é indicativo do território onde as leis não
prevalecem, e que mocinhos e vilões, sem nenhuma ética ou moral, exercem um
poder solitário.
Todos nós
temos lembranças de centenas de faroestes em que o cowboy não cumpria preceitos
do bem viver em sociedade.
Na
verdade a civilização passou a existir a partir do momento em que os indivíduos
passaram a ser julgados por seus atos. Antes disso matava-se um ou mais homens
e simplesmente os jogava numa vala a beira do caminho. As vítimas nunca mais eram
encontrados e os assassinos seguiam sua vida calmamente.
A
sociedade moderna, baseada em preceitos helênicos e romanos universalizou o
conceito de justiça e sua aplicação.
Quando
dizemos que somos favoráveis a “liberdade de expressão” de toda a mídia, isto
não significa um anarquismo total, mas que temos o direito de expor nossas
ideias e nos responsabilizarmos por isso.
No início
a Internet era simplesmente um sistema de comunicações que interligava bases
americanas no mundo inteiro, a despeito da existência física do Pentágono ou
não. Depois passou para as comunidades cientificas e dali para as
universidades. Neste trajeto criou-se a imagem que a Internet poderia ser usada
de qualquer forma, aparte do arcabouço jurídico e das leis que nos governam. Um
mundo essencialmente marginal.
Mas
vejamos alguns exemplos de que isso é uma grande falácia.
O
jornalista Paulo Henrique Amorim fez colocações em seu blog sobre o apresentador
Heraldo Pereira, que recorreu a Justiça, sendo que PHA deverá doar uma quantia
a uma entidade filantrópica indicada por Heraldo, e aceitado uma conciliação
entre PHA e Heraldo agora em 15 de
fevereiro de 2012. Nela Paulo Henrique Amorim reconhece Heraldo Pereira como jornalista de
mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que
apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou
participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo
Pereira não é e nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista
Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede
Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de
infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista
Heraldo Pereira ou atingir a conotação de ‘racismo’. Tais declarações terão que
ser publicadas em orgãos de imprensa de grande circulação. O jornalista Paulo
Henrique Amorim é um renomado jornalista e como se vê foi flagrado em delito na
própria “terra de ninguém”...
Nesta
semana mesmo um blog cuja origem é o Sul do País foi denunciado pelo Ministério
Público Federal que solicitou a detenção dos autores de seus conteúdos
claramente defensores da homofobia e do preconceito racial.
O
anonimato na Internet não existe e mais dia, menos dias, com menos ou maior empenho
descobre-se os autores seja do que for por seus IP´s.
Constantemente
redes de pedófilos, no Brasil e no Mundo, tem sido desbaratadas através da Internet.
No Orkut
foram inúmeros os casos de ofensa moral punidos.
Quem é
pré-candidato a qualquer cargo público deve prestar muito a atenção, pois as
redes sociais só podem ser utilizadas a partir de 6 de julho de 2012.
Ás redes
sociais, como Orkut, Twitter, Facebook, não estão ainda suficientemente
testadas em eleições no Brasil, o que é comprovado pela Abranet –
Associação Brasileira de Internet.
O
comportamento correto quando se perceber uma ofensa grave na rede de
computadores é denunciá-lo ao Ministério Público, Polícia Federal ou delegacia
especializada em crimes virtuais.
Enquanto
isso revejo uma verdadeira “terra de ninguém”, num western spaghetti dirigido
por Sergio Leone, ntitulado C'era una volta il
West/Once Upon a Time in the West/;Era uma Vez no Oeste. Era uma vez
no oeste conta a história da ex-prostituta Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido
Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro Frank (Henry Fonda), e um homem
misterioso que sempre traz consigo uma gaita
(Charles Bronson). Não vou contar todo o filme e registro que ele é um retrato
da Moral e Ética só para americanos verem com ausência total de justiça formal...