Pedro
Coimbra
ppadua@navinet.com.br
Eu
era garoto e morávamos em Governador Valadares.
Adorava ir com meu pai ao armazém onde ele fazia as compras
do mês. Depois de tudo embalado e pago o proprietário sempre nos brindava com
um saco recheado de deliciosas balas.
Nas
férias, em Lavras, acontecia o mesmo no armazém do “Seu” Antônio Murad, onde
véu avô materno me levava a passear aos domingos. De lá nunca saiamos sem um
agrado do velho libanês e um saco de guloseimas. Dele contam que para atender ao
pedido de um comandante da Polícia Militar teria construído um bairro e suas
casas, a Vila Murad...
Mas,
havia também comerciantes difíceis de compreender, ruins no atendimento e
consequentemente no comércio, este modo de vida originário da antiguidade.
Minha
atenção sobre este fato já vem de algum tempo e aumentou com esta verdadeira
guerra de supermercados na cidade de Lavras, em que as empresas disputam
pela preferência de um mesmo cliente, sua fidelização, e que para isso, a qualidade
no atendimento se tornou fundamental.
Os clientes tornaram-se mais exigentes
e conscientes não só de seus direitos, como também das vantagens que deverão
receber para prestigiar uma empresa com sua preferência e que não são,
evidentemente, sacos de guloseimas.
Algumas expectativas dos clientes são
primordiais e se fazem presentes em qualquer segmento de mercado.
Vejamos algumas delas:
Os clientes desejam que
os profissionais que os atendam queiram ajudá-los a atingir seus objetivos,
sempre, sendo colaborativos e estando
aptos a receber propostas de melhorias para sua atividade fim e seus processos.
Os profissionais de
vendas não devem colocar seus próprios interesses acima do dos clientes.
Que haja um
comprometimento com o cliente, ao longo do tempo, mesmo quando não haja uma
perspectiva de venda ou negócios a vista.
E o que é mais
fundamental: os clientes querem ter disponibilidade de acesso sempre.
Se você, caro leitor,
achou o que leu até agora simples, saiba que a quase maioria das empresas não
conseguem cumpri-las integralmente.
Por que isso ocorre?
Principalmente por não terem uma “cultura” que priorize tais ações e por falta
de treinamento.
Dizem por aí, que mercê
do crescimento de Lavras e de seu posicionamento como cidade polo logo teremos
uma Lojas Americanas por aqui. Ou seja, outro salto na relação com os clientes.
É uma empresa brasileira do segmento de varejo fundada em 1929 na cidade de
Niterói, no Rio de Janeiro, pelo Austríaco Max Landesmann e pelos
norte-americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger.
Atualmente, conta com mais de 465 estabelecimentos de vendas em 22 estados do
Brasil e também no Distrito Federal. É controlada por três
empresários: Jorge Paulo
Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, o mesmo trio que comanda a
Inbev (antiga AmBev), GP Investimentos, América Latina Logística e outros
grupos. É uma grande loja de departamento, cuja rede comercializa mais de 80
mil itens de quatro mil empresas diferentes. Através do programa de expansão
“Sempre Mais Brasil”, que prevê a abertura de lojas em todos os estados
brasileiros até 2013, a
rede pretende se tornar a primeira empresa varejista com presença em todo o
território nacional.
Com ela deve crescer
esta política de atendimento ao cliente e a meritocracia, que é o sistema onde
o mérito pessoal determina a hierarquia.
Estaremos
preparados para tantas novidades?
Espero que sim. E
que os que chegam ou pretendem prosperar lembrem-se que a prata da terra da
publicidade/mídia pode dar melhores resultados que as grandes agências das
capitais...
E tenho a
lembrança que na década de 60 a
Lojas Americanas de Belo Horizonte tinha um sorvete, a Banana Split,
inesquecível...
Nenhum comentário:
Postar um comentário